24/08/2015 Por Leonardo Zamignani
Casos de bandidos pegos e linchados pela população em São Luís do Maranhão, repercutiram em todo o Brasil. Mas oque leva pessoas que não tem nenhum histórico com criminalidade a tomar uma atitude tão drástica?
A imagem acima repercutiu em todo o país no inicio do mês de Julho, nela aparece um rapaz morto amarrado sem roupas a um poste. A causa da morte dele foi um linchamento feito por muitos moradores, após flagrarem o rapaz tentando assaltar um comércio local, segundo as testemunhas ele e mais um assaltante estavam armados, mas foram rendidos pela população que os desarmaram e os amarraram antes do linchamento.
Segundo as autoridades esse caso não foi um caso isolado que aconteceu na cidade, muito pelo contrario, casos assim tem acontecido cada vez com mais frequência em São Luís, capital do estado do Maranhão. Nos últimos dois anos e meio, 30 casos semelhantes ocorreram na cidade, oque gera uma média de um caso por mês.
Os vídeos desse linchamento se espalharam pela internet, fato que preocupa muito especialistas no assunto, principalmente pelo grande número de comentários de apoio ao ato do linchamento nos vídeos. Segundo os especialistas, a partir do momento em que esses vídeos vão para a internet, o problema que parece ser local, toma proporções muito maiores, podendo servir de incentivo para atitudes iguais em outras regiões do país.
Mas oque leva as pessoas a chegarem ao ponto de espancarem outra pessoa até a morte? Mesmo essa pessoa se tratando de um bandido, será essa a melhor solução? O fato é que casos como esses podem sim coibir a ação de outros criminosos por medo de serem pegos, porém, perante a lei essas atitudes também tem caráter criminoso, afinal somente a policia e a justiça pode punir alguém.
Os baixos índices de desenvolvimento humano existentes na capital do estado do Maranhão pode ser um fator que contribua para que essas pessoas não percebam as melhores formas de agir em situações assim. Outro fator é a sensação de insegurança, e de abandono por parte do estado para com a segurança da população, que por não se sentirem protegidos por quem deveria protegê-los, se acham no direito de fazer a justiça com as próprias mãos